Em meio à grande repercussão sobre a morte da fã de Taylor Swift, que faleceu após passar mal diante do calor infernal durante a apresentação da cantora norte-americana na noite desta sexta-feira (17), no Rio de Janeiro, inúmeras denúncias contra a produção do evento começaram a vir à tona nas redes sociais.
A primeira delas é que a T4F, produtora responsável pelo show, teria vetado a entrada no Estádio Nilton Santos com garrafas d’água e dificultado a hidratação do público – já que que um copo de água custava R$ 10 e o produto, inclusive, estava quente e teria se esgotado.
Outra denúncia, tão grave quanto, dá conta de que as pessoas que passavam mal – cerca de mil fãs chegaram a desmaiar – e procuraram o posto médico do show recebiam, no atendimento, clonazepam sublingual. Também conhecido como Rivotril, o medicamento tarja preta, vendido apenas sob prescrição médica, é utilizado em tratamentos para convulsões e transtornos de ansiedade – sintomas que não carregam qualquer relação com o mal-estar das pessoas, que estavam desidratadas ou apresentavam pressão baixa.
Este relato foi feito, por exemplo, pela influenciadora catarinense Bel Rodrigues. Ela diz que se sentiu mal e, quando procurou o posto médico do show, a ofereceram o remédio tarja preta.
“A mulher simplesmente disse que tava ficando meio lotado e que ia me dar um clonazepam sublingual pra EU ME ACALMAR. Eu não precisava de calma, precisava de ajuda”, revelou.
Inúmeras outra pessoas vêm fazendo o mesmo relato no X (antigo Twitter), o que colocou o termo “clonazepam” entre os assuntos mais comentados da rede social.
“Um dos grandes absurdos do show da taylor foi a equipe médica dar CLONAZEPAM para quem tava passando mal. Um remédio tarja preta, perigoso se administrado DE FORMA ERRADA! Que caralho de equipe médica é essa?”, escreveu uma internauta, em meio a inúmeras outras postagens do tipo.
Produtora se manifesta
A T4F, produtora do show da cantora norte-americana Taylor Swift no Rio de Janeiro, quebrou o silêncio na manhã deste sábado (18) e se pronunciou sobre a morte de uma fã da artista durante a apresentação, realizada na noite desta sexta-feira (17).
Boa parte do público que compareceu ao evento está revoltada com a situação e revelou que a produtora não permitiu a entrada com garrafas d’água e dificultou a hidratação dos presentes, o que pode ter contribuído para que muitos passassem mal e, inclusive, com a morte registrada – diante da forte onda de calor que assola o Sudeste brasileiro.
“É com muita tristeza que informamos o falecimento de Ana Clara Benevides Machado, 23 anos. Na noite de ontem, Ana Clara se sentiu mal e foi prontamente atendida pela equipe de brigadistas e paramédicos, sendo encaminhada ao posto médico do Estádio Nilton Santos para o protocolo de primeiros socorros. Diante do quadro, a equipe médica optou pela transferência ao Hospital Salgado Filho, onde, após quase uma hora de atendimento emergencial, infelizmente veio a óbito. Aos familiares e amigos de Ana Clara Benevides Machado, nossos sinceros sentimentos”, diz a nota da T4F.
A produtora, entretanto, não mencionou no comunicado as denúncias sobre veto às garrafas d’água no evento e sequer mencionou o fato de que mais de mil pessoas desmaiaram no show devido ao calor e falta de hidratação. Também não há manifestação da empresa sobre as acusações de que medicamento tarja preta estaria sendo distribuído no posto médico.
Fonte: Revista Forum.