Nos 15 primeiros dias deste mês, estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul somam quase 4.000 focos de incêndio
A fumaça provocada pelos incêndios que atingem o Pantanal, tanto no Mato Grosso quanto no Mato Grosso do Sul, avançou para outros estados brasileiros na tarde desta sexta-feira (17).
Imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram a fumaça das queimadas de ambos os estados se deslocando para o Noroeste Paulista, Paraná e Santa Catarina, bem como para o Paraguai.
Nos últimos dois dias, o número de focos de incêndio no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul saltou de 3.860 para 3.962, totalizando 102 novos focos em 24 horas.
Até o momento, de acordo com o Inpe, o Mato Grosso registrou 2.731 focos de incêndio, enquanto Mato Grosso do Sul tem 1.231. Os estados ocupam o 2º e o 4º lugar no ranking de unidades federativas com maior índice de incêndios.
A região do Pantanal no Mato Grosso do Sul tem cinco cidades em situação de emergência por causa das queimadas.
Em entrevista à CNN, a tenente-coronel Tatiane Dias de Oliveira, do Corpo de Bombeiros, afirmou que há uma “diferença exorbitante” dos focos de calor nos últimos 30 dias em relação ao ano passado.
“Em 2022, tivemos 60 focos, agora em 2023 esse número é de 1.468 até o último dia 15 de novembro”, afirmou, à CNN Rádio.
Na quinta-feira (16), foram necessários cerca de 100 militares do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso para combater oito frentes de incêndios florestais no Pantanal mato-grossense.
As ações contam com o apoio de três aviões para o despejo de água, helicóptero e 11 barcos para a infiltração de equipes, além de viaturas e caminhões-pipa.
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão entre os estados em alerta para onda de calor, válido até esta sexta-feira (17).
Os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também decretaram situação de emergência em razão de incêndios na região norte do Pantanal. No Mato Grosso, o decreto tem vigência de 60 dias. No Mato Grosso do Sul, de 90 dias.