O “megatraficante” Reinaldo Carvalho de Oliveira, conhecido como “Rei”, foi capturado nesta quarta-feira (22) em um apartamento de luxo em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. A Polícia Civil o identifica como um dos principais fornecedores de maconha para favelas controladas por uma facção criminosa na capital fluminense.
Foragido desde 2018, Reinaldo já foi sentenciado a 23 anos, sete meses e oito dias de prisão em regime inicial fechado por tráfico e associação ao tráfico. A Delegacia do Aeroporto Internacional do Galeão (DAIRJ) efetuou a prisão.
Conforme as investigações da Delegacia do Aeroporto Internacional do Galeão, Reinaldo liderava uma rota aérea, utilizando pequenas aeronaves para transportar drogas do Mato Grosso do Sul para diversos destinos. Parte da carga era recebida por nigerianos em São Paulo, que a encaminhavam para Europa e África, enquanto outra parte era destinada a favelas no Rio de Janeiro, como Parque União, Nova Holanda e Manguinhos, todas na Zona Norte.
A Polícia Civil revela que Reinaldo já foi alvo do Drug Enforcement Administration (DEA), a agência antidrogas dos Estados Unidos, sendo considerado um homem de confiança de Iván Carlos Mendes Mesquita, conhecido como “Don Carlos”. Este paranaense, piloto de avião, fugiu do Brasil nos anos 1990 para o Paraguai, onde estabeleceu refúgio em Pedro Juan Caballero.
O grupo liderado por “Don Carlos” trocava armas de guerra por cocaína com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Após ser preso e extraditado para os EUA, “Don Carlos” foi detido pela Polícia Federal em 2015 na fronteira com o Mato Grosso do Sul. A partir desse ponto, Reinaldo assumiu as operações da rota, estabelecendo-se em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
Reinaldo, com diversas passagens pela polícia, escapou do sistema penitenciário em 2018 após ser condenado a mais de 23 anos de prisão por tráfico e associação ao tráfico. Na ocasião, parte da quadrilha foi detida em Limeira, interior de São Paulo, transportando quase 300 quilos de maconha.