Em reunião com seus ministros no Palácio da Alvorada, o presidente Lula foi contra a possibilidade de o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, substituir Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública. A sugestão era que Cappelli assumisse o posto interinamente, caso Dino viesse a ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Marcelo Camargo/Reprodução
O nome do secretário para o comando da pasta foi sugerido por ministros do governo, na segunda-feira, 27, durante o anúncio oficial da indicação de Dino para o Supremo.
De acordo com o Metrópoles, a cúpula propôs ao presidente que o número 2 da Justiça assumisse o comando interino do Ministério, enquanto Dino – que está em campanha e se prepara para sua sabatina – tiraria férias do cargo.
Lula vetou a proposta e “ordenou expressamente” que Dino continuasse à frente do ministério. Ainda segundo o jornal, a reação do presidente estaria ligada a uma postagem de Capelli no X (antigo Twitter), em 14 de novembro.
Como dizia meu professor Dinaldo, “qualquer recém nascido com mais de 5 kg do interior da Patagônia” sabe o motivo deles estarem desesperados atacando o ministro Flávio Dino. Não adianta espernear. “Lá, lá, laiá, lalaiá, está chegando a hora, o dia já vem, raiando meu bem…”
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) November 14, 2023
Diante da repercussão da visita da “Dama do Tráfico” ao Ministério da Justiça, o secretário tuitou que a razão das críticas a Dino seria sua indicação ao STF – isso antes mesmo de Lula revelar sua escolha. O petista teria se irritado com a postura do secretário nas redes sociais.
Possibilidades de Lula
Caso o presidente opte por indicar uma mulher, estão no topo da lista a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Entre os homens, o nome do Ricardo Lewandowski (ex-ministro do STF) está em primeiro lugar.
A possível mudança só deve ocorrer em 5 de dezembro, quando o presidente retornar ao Brasil.
Revista Oeste