O ex-diretor do Centro de Ressocialização de Araçatuba, no interior de São Paulo, José Antônio Rodrigues Filho foi condenado por transferir presos de outros presídios para a unidade que ele administrava em troca de sexo com uma advogada.
Rodrigues Filho teve decretada a perda de função pública que estiver exercendo e de direitos políticos por seis anos. Além das duas punições, ele também foi condenado a pagar multa no valor de 12 vezes o salário que recebia e ficou proibido de fazer contratos com o poder público, receber benefícios, incentivos fiscais ou creditícios por quatro anos.
Advogada também recebeu as mesmas condenações que o ex-diretor. A diferença é que Paula Regina de Caldas Andrade Baracioli foi condenada a pagar seis vezes o valor do salário mínimo vigente, que é de R$ 1.320, e não perde função pública, já que não exerce nenhuma.
Caso começou a tramitar em 2018, quando Rodrigues Filho foi preso na operação Fura-Fila, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). A operação foi feita a partir de denúncia do Ministério Público.
As condenações foram determinadas pelo juiz José Daniel Dinis Gonçalves, da Vara da Fazenda de Araçatuba. Cabe recurso.
O UOL entrou em contato com a defesa do ex-diretor. Em caso de manifestação, esse texto será atualizado. Nos autos do processo, o advogado Fernando Rodrigo Bonfietti disse que seu cliente não cometeu atos ilícitos “que serviriam de meio para alcançar sua satisfação sexual”.
A reportagem também tenta localizar a defesa de Paula Regina. O espaço segue aberto. Ao jornal O Estado de São Paulo, o advogado Renato Vieira da Silva disse que não há provas contra ela nas acusações feitas pelo Gaeco. “Tais suposições tratam apenas de devaneios e absurdos inconsistentes, não baseados em provas, mas sim, em meras alegações falaciosas”, afirmou o defensor dela.
UOL