No terceiro trimestre de 2023, o desemprego chegou a 7,7% no Brasil, uma queda de 0,3 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre. A retração ocorreu em apenas três Unidades da Federação: Acre, Maranhão e São Paulo. Em Roraima, a taxa aumentou e nos demais estados os números permaneceram estáveis. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022 (quando o indicador estava em 8,7%), o recuo foi de 1 ponto percentual. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (22/11) pelo IBGE.
De acordo com o levantamento, todas as regiões apresentaram uma tendência de redução na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2023, mas apenas o Sudeste teve uma queda na desocupação estatisticamente significativa. Ela passu de 7,9% para 7,5%, sendo, portanto, a região que mais contribuiu para a queda na taxa nacional.
A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, destacou que a queda do desemprego em São Paulo foi crucial para garantir o resultado nacional. O recuo serviu de contrapeso ao fraco desempenho do mercado de trabalho em outros estados. A taxa paulista caiu de de 7,8% para 7,1%.
Procura de trabalho
O levantamento mostrou ainda que, nacionalmente, o número de pessoas que procuravam trabalho há mais de dois anos recuou 28,2%, na comparação entre os terceiros trimestres de 2022 e 2023. Na faixa de procura entre um e dois anos, também houve queda, desta vez de 14,2%.
No trimestre encerrado em setembro de 2023, o desemprego chegou ao menor patamar desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. Já o contingente de pessoas ocupadas ultrapassou 99,8 milhões, o maior patamar desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
Trabalho informal
O contingente de trabalhadores informais no Brasil segue alto, com cerca de 39% da população ocupada nessa situação. O percentual é mais alto no Norte (52,8%) e no Nordeste (51,8%). Na análise por estado, os destaques das taxas de informalidade são do Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e Amazonas (55,0%). Já Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,6%) e São Paulo (31,3%) apresentaram os menores indicadores em relação a esse tema.