O governo da Colômbia está se esforçando para resgatar um tesouro de R$ 98 bilhões de naufrágio que ainda não tem “dono”. Uma grande quantidade de ouro, prata e esmeraldas foi afundada com o o galeão espanhol San José na península de Barú, ao sul de Cartagena, no início do século XVIII, no que é conhecido como o “Santo Graal dos naufrágios”.
Mas ele não é o único tesouro submerso há séculos. Das Bahamas à Indonésia, acredita-se que o fundo do mar esconda cerca de R$ 157 bilhões em cargas perdidas de metais e pedras preciosas.
Milionários ao redor do mundo investem pesado na esperança de encontrar ao menos um desses tesouros, como o magnata do Texas Carl Allen, que chama o seu empreendimento de “caça aos ovos de Páscoa para adultos”. Veja abaixo detalhes das fortunas perdidas em naufrágios:
- Flor de la Mar (Sumatra, Indonésia, em 1511): a embarcação portuguesa retornava com despojos de guerra, incluindo tesouros, avaliados em R$ 12 bilhões, provenientes do saque do palácio real do sultão de Malaca, quando naufragou. Quatrocentos homens morreram.
- Las Cinque Chagas (Açores, Portugal, em 1594): a nau lusitana trazia ouro e escravos de Goa (Índia) quando afundou ao ser atacada por navios britânicos. A carga é estimada em mais de R$ 5 bilhões.
- Merchant Royal (Cornualha, Inglaterra, em 1641): O navio, que levava ouro e prata para Antuérpia (Bélgica), além de joias, afundou durante tempestade. A exata localização é desconhecida. Seu tesouro vale cerca de R$ 6 bilhões.
- Nuestra Señora de la Maravillas (Bahamas, em 1656): O galeão espanhol foi a pique após colidir com um recife no Caribe. Levava grande volume de prata, moedas e objetos de ouro, avaliado em “bilhões”.
- San José (Colômbia, em 1708): uma grande quantidade de ouro, prata e esmeraldas foi afundada com o galeão espanhol. O tesouro é estimado em R$ 98 bilhões.
- Navio sem nome (Bahamas, 1786): A colisão com um recife levou ao fundo do mar uma embarcação com cerca de 800 escravizados e 380 mil moedas de ouro. Apenas 100 mil delas foram recuperadas.
- RMS Republic (Nantucket, EUA, em 1909): Três anos antes do naufrágio do Titanic, esse luxuoso navio de passageiros de propriedade da mesma empresa, a White Star, sofreu um destino trágico: 45 toneladas de ouro foram perdidas no fundo do Oceano Atlântico: R$ 34 bilhões.
O arqueólogo oceânico Jim Sinclair, que trabalha com o texano Allen, garante que a empreitada se trata de mais do que apenas as riquezas em jogo.
“Não se trata apenas de dinheiro”, disse ele ao “NY Post”. “Para mim, trata-se de juntar as peças do passado, usar o que estava no navio para descobrir mais sobre todos, desde os passageiros ricos até aos escravizados”, emendou.
Extra/Globo