A defesa de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, 22, para que a Corte requisite as filmagens das câmeras de segurança do pátio da Penitenciária da Papuda, em Brasília.
“Requer que se oficie, com urgência, à Direção do Centro de Detenção Provisória II, bem como à Vara de Execuções Penais (VEP), informações detalhadas sobre o fato”, diz um trecho do pedido. “Sendo disponibilizado as imagens das câmeras de segurança do pátio, no momento fatídico, o qual ocorreu entre 9h30 e 10h58.”
O advogado Bruno Azevedo de Souza também informou que vai anexar o atestado de óbito ao processo assim que o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) ficar pronto. A certidão atual mostra que a causa da morte ainda está em apuração.
Em depoimento, Clezão contou que teve desmaios
Em seu último depoimento às autoridades, Cleriston alertou para seus problemas de saúde. Em 31 de julho, ele contou que tinha vasculite aguda, que o fazia desmaiar e ter falta de ar no presídio.
Enquanto estava detido, Clezão era acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde da penitenciária.
Advogado de Clezão disse que a prisão seria uma ‘sentença de morte’
Em fevereiro, seu advogado chegou a dizer que a prisão seria uma “sentença de morte” e pediu que a Justiça concedesse a ele liberdade provisória, o que foi negado naquele momento.
No depoimento, Clezão contou que começou a passar mal depois que foi detido pelos policiais no Congresso Nacional, em 8 de janeiro. Segundo seu relato, sofreu um desmaio e urinou nas roupas.
Ele contou que chegou a ser encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Distrito Federal e só recebeu os seus remédios para vasculite na manhã do dia seguinte, pelas mãos da mulher.