Após ter o terceiro pedido de liberdade provisória negado, o brasileiro Daniel Alves teria oferecido 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) à jovem que o acusa de crime sexual na Espanha, segundo informações do jornal espanhol Mundo Deportivo. Tanto Daniel como a defesa dele “começam a ver as coisas cada vez mais sombrias”.
“Isso significaria aplicar a medida atenuante de reparação dos danos, pelo que poderia ser imposta uma pena inferior a dois anos de prisão”, explicou a defesa do ex-jogador da Seleção Brasileira.
Além disso, o advogado dele sugere a imposição de uma medida cautelar “menos onerosa”. O Ministério Público da Espanha, por outro lado, considera que não há outra forma de evitar a condenação.
Daniel Alves já sabe que a pena pedida é de nove anos de prisão, além da proximidade do julgamento, que deve acontecer entre o fim deste ano e o começo de 2024. Nessa segunda-feira (26), a Promotoria ainda revelou novos detalhes do caso.
Ainda segundo o jornal espanhol, as informações foram retiradas do depoimento da vítima, que segue em tratamento psicológico. A equipe médica a diagnosticou com estresse pós-traumático. Ela também segue afastada do trabalho.
Caso Daniel Alves
Preso desde o dia 20 de janeiro, em Barcelona, acusado de crime sexual, Daniel Alves está próximo do julgamento. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro de 2022.
O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta, sem direito à fiança. A titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.
Daniel Alves é acusado de abusar sexualmente de uma mulher na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da boate, segundo o jornal El Periódico.
Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido. A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima.
Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.