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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, na sexta-feira 10, que não fala com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, mas, sim, com o chefe do diplomata, o chanceler Eli Cohen.
A fala se deu em meio ao suposto convite de Zonshine a Jair Bolsonaro para participar de uma audiência na Câmara com a oposição. Deputados de direita, na verdade, chamaram o ex-presidente para assistir às imagens de crimes praticados pelo grupo terrorista Hamas.
Depois do encontro, veio a público a informação segundo a qual Bolsonaro teria intermediado a liberação de brasileiros em Gaza com dificuldades para deixar a cidade.
“Cohen deu garantia de que os brasileiros estavam na próxima lista, o que aconteceu, mas não saíram”, disse Vieira, a GloboNews, ao ser interpelado sobre a atuação de Bolsonaro e Zonshine. “Eu só posso me referir a fatos concretos, oficiais.”
Fala de Vieira sobre o embaixador de Israel repercute mal
O tom da fala do chanceler repercutiu mal, nas redes sociais. Internautas acusaram o ministro de “arrogante”.
Um dos que se pronunciou foi o ex-senador Arthur Virgílio, também diplomata. Conforme Virgílio, Vieira é “tutelado” pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim, que chefiou a diplomacia brasileira em outros governos do PT.