O governo Tarcísio fez mais de 5,8 mil encaminhamentos de usuários de drogas, que passaram por serviços de saúde nas proximidades da cracolândia, para internação nos últimos sete meses.
Os números do governo não consideram apenas as pessoas que vivem na cracolândia ou moradores de rua. Aproximadamente 65% dos encaminhamentos são de pessoas da região central da cidade de São Paulo, e 70% de pessoas que vivem nas ruas da cidade.
Foram 3.606 encaminhamentos para hospitais especializados e 2.236 para comunidades terapêuticas. Segundo o governo, um mesmo usuário pode ser encaminhado mais de uma vez para tratamento.
Cerca de 40% dos usuários estão na cracolândia há 10 anos
Além disso, 624 foram encaminhados para unidades de saúde como prontos-socorros, unidades básicas de saúde (UBS), atendimento médico especializado (AME) e hospital geral, de acordo com o portal Metrópoles.
Segundo o governo, houve ainda 13.973 de tratamento ambulatorial no Centro de Atenção Psicossocial (Caps). As pessoas foram encaminhadas de um hub de serviços de saúde na Rua Prates, no Bom Retiro, onde os comerciantes relatam aumento de fluxo da cracolândia.
As forças de segurança chegaram a abordar mais de 1,1 mil usuários de drogas na região durante a noite.
Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que 39% dos usuários frequentam ou vivem na cracolândia há pelo menos 10 anos. Em média, 985 pessoas consomem drogas por volta das 9h de um dia comum. A partir das 12h, o número de usuários cresce para 1.336.
O maior pico de dependentes químicos costuma ocorrer por volta das 17h30, quando cerca de 1.720 pessoas usam drogas na cracolândia. Além disso, 56,8% dos usuários disseram que vivem ou dormem por ali na maioria das vezes.