Em uma declaração que contrariou números apresentados por diversos setores, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a desoneração da folha não gerou empregos.
“Mercado, empresários, mídia, presidentes da Câmara e do Senado exigem déficit zero nas contas do governo. Mas quando o presidente Lula veta a desoneração que o Congresso deu a determinados setores, parece que o mundo vai acabar. São liberais só com as verbas do executivo, que atendem à população. Quando se trata do imposto que devem pagar esse liberalismo acaba. Lula e Fernando Haddad [ministro da Fazenda] fizeram bem em não prorrogar um benefício que custa 25 bilhões e sem nenhuma comprovação de que gerou empregos!”, escreveu nas redes sociais em uma publicação nesta sexta-feira, 24.
O presidente Lula vetou integralmente o projeto de lei que estendia até 2027 a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. O texto também reduzia a contribuição para a Previdência Social paga por pequenos municípios. O veto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da última quinta-feira, 23.
Estudo com dados do Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, mostram que, sem a desoneração da folha, os 17 setores teriam deixado de gerar 670 mil empregos formais de 2018 a 2022.
Preocupadas com a queda no emprego, as centrais sindicais também defendem a sanção do projeto aprovado na Câmara e no Senado.
Empresários e sindicalistas afirmam, ainda, que a constitucionalidade da prorrogação da desoneração da folha de pagamentos é inquestionável. Foi confirmada com manifestações do Congresso Nacional e do STF.
Com informações de G1 e O Antagonista