Após se reunir com integrantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública em Brasília, Luciane Barbosa Farias, a “dama do tráfico amazonense”, participou de uma audiência com o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP).
O encontro aconteceu no dia 4 de maio, dois dias após ela se reunir com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
No Instagram da Associação Instituto Liberdade do Amazonas, entidade a qual preside, ela agradeceu ao pré-candidato à prefeitura de São Paulo pela “oportunidade de ser recebida e ouvida com toda atenção e solidariedade a nossa pauta”.
Foto: Reprodução/Instagram
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Como publicou o Estadão, Luciane Barbosa Farias é casada com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, líder do Comando Vermelho no Amazonas. Ela e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Sentenciada a dez anos de prisão, a “dama do tráfico amazonense” responde em liberdade.
O Ministério Público do Amazonas diz que ela “exercia papel fundamental também na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando ‘empresas laranjas’.”
Em nota, a assessoria de Boulos afirmou que ele conheceu Luciane no Salão Verde da Câmara dos Deputados, impossibilitando que ele soubesse com antecedência do histórico dela.
“O deputado foi abordado no Salão Verde da Câmara por duas mulheres, que se apresentaram como representantes do Instituto Liberdade do Amazonas, que pediram para apresentar suas demandas. O deputado, então, ouviu as demandas no próprio Salão Verde, que é uma área de livre circulação.
Segundo o relato delas na ocasião, o instituto atua em defesa dos direitos humanos e denuncia torturas em presídios da região norte do país. A pedido delas, o deputado também posou para fotos – como faz diariamente com dezenas de pessoas.
Demandas como essa são apresentadas presencialmente todos os dias aos parlamentares por pessoas de todo o Brasil, o que impossibilita que se saiba com antecedência o histórico ou as ligações de cada uma delas.”
O Antagonista