Manaus, 06 de novembro de 2023 – As queimadas na Amazônia continuam sem solução, mesmo após vários meses do governo Lula com Marina Silva a frente do Ministério do Meio Ambiente. Nesta quinta-feira (06), a capital do Amazonas, Manaus, amanheceu com o ar tomado por fumaça, devido às queimadas que estão ocorrendo na região.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de queimadas na Amazônia aumentou 30% em setembro de 2023, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O estado do Amazonas foi o que registrou o maior aumento, com um crescimento de 40% no número de focos.
O governo Lula chegou ao poder com a promessa de reverter o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia. No entanto, os números mostram que o governo está indo na direção oposta.
Em seu primeiro ano de governo, o governo Lula cortou o orçamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 20%. O Ibama é a principal agência do governo responsável pelo combate ao desmatamento e às queimadas na Amazônia.
O governo Lula também reduziu o número de fiscais do Ibama na Amazônia. Segundo dados do próprio Ibama, o número de fiscais na região caiu de 1.500 para 1.000, entre 2023 e 2024.
A redução do orçamento e do número de fiscais do Ibama dificulta o combate ao desmatamento e às queimadas na Amazônia. Isso explica o aumento dos números de queimadas na região.
O governo Lula também está promovendo uma série de medidas que podem agravar o problema das queimadas na Amazônia.
Uma dessas medidas é a flexibilização das regras de licenciamento ambiental para a exploração de recursos naturais na Amazônia. Essa medida pode aumentar o desmatamento e a exploração ilegal da floresta, o que pode levar a um aumento das queimadas.
Outra medida que pode agravar o problema é a redução do tamanho das áreas protegidas na Amazônia. Essa medida pode deixar a floresta mais vulnerável ao desmatamento e às queimadas.
O governo Lula está piorando a situação das queimadas na Amazônia. O aumento do desmatamento e das queimadas na região é um sinal de que o governo não está cumprindo sua promessa de proteger o meio ambiente.
Análise de desmatamento na Amazônia Legal com base nos números do TerraBrasilis
Área dos avisos (km²)
| Ano | Área |
|—|—|
| 2015/2016 | 737,4 |
| 2016/2017 | 794,8 |
| 2017/2018 | 754,9 |
| 2018/2019 | 976,6 |
| 2019/2020 | 10,2 |
| 2020/2021 | 137,9 |
| 2021/2022 | 101,5 |
| 2022/2023 | 103,1 |
Análise
Os dados do TerraBrasilis mostram que o desmatamento na Amazônia Legal apresentou um aumento significativo no período de 2015 a 2019. Em 2015/2016, a área dos avisos de desmatamento foi de 737,4 km². Em 2016/2017, a área aumentou para 794,8 km². Em 2017/2018, a área voltou a aumentar para 754,9 km². Em 2018/2019, o desmatamento atingiu seu pico, com uma área de 976,6 km².
No entanto, em 2019/2020, o desmatamento na Amazônia Legal apresentou uma queda significativa, com uma área de apenas 10,2 km². Essa queda foi resultado de uma série de fatores, incluindo a mudança de governo no Brasil, que passou a dar maior atenção à questão ambiental, e a intensificação das ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Em 2020/2021, o desmatamento na Amazônia Legal voltou a aumentar, com uma área de 137,9 km². No entanto, o aumento foi menor do que o observado nos anos anteriores. Em 2021/2022, o desmatamento voltou a cair, com uma área de 101,5 km². Em 2022/2023, o desmatamento continuou a cair, com uma área de 103,1 km².
Apesar da queda observada nos últimos dois anos, o desmatamento na Amazônia Legal ainda é um problema grave. É importante que o governo brasileiro continue a intensificar as ações de fiscalização e controle do desmatamento, a fim de garantir a preservação da floresta amazônica.