A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta após identificar dois medicamentos falsificados disponibilizados no mercado: o Tysabri, utilizado para tratamento de esclerose múltipla mais ativa; e o Ozempic, uma prescrição comum para pacientes adultos com diabetes tipo 2.
A identificação ocorreu após contato realizado pela empresa proprietária do registro do Tysabri, a Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda. A companhia comunicou à Anvisa a existência de um lote falsificado do produto com validade até janeiro de 2026.
De acordo com a Biogen, esse lote acabou sendo produzido apenas para fins institucionais, ou seja, não deveria estar disponível para comercialização.
Como a Anvisa está lidando com a situação?
Diante do alerta sobre o Tysabri, a Anvisa agiu rapidamente e publicou a Resolução 3.874/2023 no Diário Oficial da União.
A medida objetiva prevenir possíveis danos aos pacientes. Ela inclui a apreensão, a proibição de distribuição, comercialização e uso do medicamento falsificado.
Para detectar o lote falsificado (FF00336), a Biogen orientou que há erros de ortografia impressos na embalagem e ausência da inscrição em braile.
Créditos: Divulgação/Anvisa
Como identificar medicamentos falsificados
O que se sabe sobre a falsificação do Ozempic?
Outra empresa, a Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda, detentora do registro do Ozempic (semaglutida), também comunicou à Anvisa sobre a falsificação de um lote de seu produto.
O lote LP6F832, supostamente válido até novembro de 2025, é falsificado, segundo a Novo Nordisk. O laboratório alerta que não há registro do lote das canetas pré-preenchidas e por isso acabou considerado falsificado.
Quais as orientações para a população e profissionais de saúde?
Frente a esse alerta, a Anvisa solicita que a população e os profissionais de saúde apenas adquiram medicamentos em locais com devida regulamentação e sempre solicitem a nota fiscal.
Caso se deparem com remédios suspeitos de falsificação, é necessário não fazer o uso e entrar em contato com as empresas detentoras do registro do produto, além de comunicar à Anvisa imediatamente por meio de seus canais de serviço, entre eles:
- Sistema Notivisa no caso de profissional de saúde;
- Já os pacientes podem denunciar a existência do medicamento falsificado na ouvidoria, por meio da plataforma FalaBR.
Em seu site, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária mantém um sistema de consulta para verificar se um produto específico já foi identificado como irregular no Brasil. Além disso, disponibiliza uma central de atendimento telefônico ao público (0800-6429782), que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h30, exceto feriados.