Uma briga entre dois estudantes em uma escola da Zona Norte do Rio de Janeiro acabou com um deles desmaiado. As imagens foram postadas nas redes sociais, e as mães dos alunos reclamam que nenhum funcionário responsável apareceu para apartá-los. Elas afirmam que os adolescentes foram ameaçados.
Alunos trocam socos em escola até um deles desmaiar pic.twitter.com/xjAETn0IHr
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) November 24, 2023
O caso aconteceu na última quarta-feira (22) na Escola Municipal Cívico-militar Carioca, no Rocha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O local tem 560 alunos e vai do 6º ao 9 ºano.
“A direção lá é bem omissa. Eles, inclusive, ameaçaram as crianças que estavam filmando. Disseram que levariam advertência se continuassem a filmar. Então existe uma omissão muito grande por parte da administração da escola”, disse uma mãe, que não quis ser identificada.
O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, afirmou que uma sindicância foi aberta para investigar o caso. O diretor da unidade entregou o cargo. Uma nova coordenação deve assumir a unidade nesta sexta-feira (24).
As imagens mostram os dois estudantes trocando golpes até que um deles é derrubado. Os dois continuam a briga, e o que fica por cima dá um pisão na cabeça do que está por baixo, que desmaia. O vídeo possui um minuto e, neste tempo, nenhum funcionário aparece. Os próprios colegas retiram o aluno desmaiado do pátio.
O menino foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento do Rocha e passou por uma tomografia. Nenhum dano à saúde foi identificado.
A Escola Municipal Cívico-militar Carioca foi fundada em 2020, a partir de um programa do governo federal que propunha uma gestão compartilhada do ensino. A diretoria pedagógica é da Secretaria Municipal de Educação, mas a gestão conta com o apoio de militares.
A Secretaria Municipal de Educação afirma que o caso é inaceitável.
“Fiquei absolutamente consternado quando vi essa cena de violência, principalmente por ser em um ambiente escolar e entre crianças. Os dois alunos envolvidos terão atendimento psicológico e seus responsáveis serão convocados. Um deles, por sinal, recebeu atendimento médico e já foi liberado. Um novo diretor assumiu a escola, e uma sindicância foi aberta para investigar todas as circunstâncias. Escola é lugar de paz, de aprendizado, de acolhimento. E nós não vamos tolerar nenhuma forma de violência”, disse Renan Ferreirinha.
G1