O presidente Lula demonstrou, nos últimos dias, preocupação com a promoção dos membros das Forças Armadas. A lista dos promovidos deve ser divulgada nesta semana e passará a valer já a partir do dia 25 de novembro.
Até a véspera da formalização dos nomes, o presidente mostrou-se reticente e cobrou uma análise detalhada sobre o perfil dos oficiais que ascenderão na carreira. O cuidado maior é em relação a um eventual posicionamento político ou demonstração de qualquer tipo de preferência partidária.
O presidente e seu entorno têm certeza de que foram alvos de uma tentativa de golpe militar no dia 8 de janeiro. Dessa maneira, a recomendação é que haja um cuidado redobrado para não fortalecer fardados que tenham resistência à gestão petista.
Desde antes do episódio, e já sob um forte clima de desconfiança, o presidente impôs uma distância regulamentar dos militares e optou por manter na sua segurança apenas membros da Polícia Federal.
O formato tinha previsão de durar pelo menos até junho deste ano. Ao fim do prazo, e em um aceno às forças, a medida não foi prorrogada. Adotou-se, então, um modelo de segurança híbrida, com a participação dos policiais e de militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Em meio à preocupação de Lula, membros da alta cúpula das três forças se reuniram para analisar os nomes antes de entregá-los ao presidente. A ideia é levar em consideração a ressalva do petista, mas sem que haja qualquer tipo de patrulhamento, conforme um dos envolvidos na escolha relatou a VEJA.
Por lei, as promoções são embasadas conforme critérios como antiguidade, merecimento, escolha e bravura. No caso da escolha, essa é uma definição direta da Presidência da República.
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