A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que aproximadamente 40% dos focos de incêndio que ocorreram em outubro, na Amazônia, se deram em florestas — não em áreas desmatadas.
Segundo Marina, isso significa que o país está passando por um “estresse hídrico” das áreas de floresta, com baixa umidade.
O estresse hídrico mencionado pela ministra é um termo utilizado para classificar uma situação em que a demanda por água é maior do que a disponibilidade e a capacidade de renovação em determinado terreno.
“Não necessariamente o incêndio está se dando em área desmatada, mas na própria floresta primária”, disse a ministra. “Isso é uma demonstração da mudança do clima incidindo sobre a floresta.”
Antes de falar sobre o “estresse hídrico”, a ministra disse que “a melhor forma de diminuir incêndios é reduzindo o desmatamento”.
Devastação da Amazônia em setembro teve sétima pior marca da série histórica
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na região amazônica cresceu 51,1% no mês de setembro frente ao mês de agosto. Trata-se da sétima pior marca da série histórica do Inpe, iniciada há 4 anos.
O Pará foi o Estado que mais desmatou, responsável por 35,5% da devastação da região, seguido da Amazônia, com 18,4% do total desmatado.
Além disso, o mês teve o maior desmatamento de mata intocada, onde ainda não houve mudanças em suas características originais.