Audiência de conciliação foi realizada nesta quarta (18) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
O juiz Eduardo Appio fez um acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em que admitiu que teve uma conduta imprópria quando estava no comando da 13ª Vara Federal de Curitiba. Ele sucedeu o ex-juiz Sergio Moro na condução da Lava Jato.
O magistrado também concordou em desistir de voltar para a Vara e assim se inscrever em edital para ser transferido para outro local.
O CNJ realizou nesta quarta (18) uma audiência de conciliação entre o magistrado e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Appio foi afastado da 13ª Vara pelo TRF-4 depois da denúncia de que ele telefonou para o filho de um desembargador do tribunal fingindo ser por outra pessoa.
O juiz passou então a responder a um processo administrativo.
Inicialmente, os desembargadores do TRF-4 queriam que Appio admitisse que fez o telefonema e fosse removido da Vara de forma compulsória.
No acordo, o juiz apenas admitiu que teve conduta imprópria, sem especificar se ligou ou não para o filho do desembargador. Ele também aceitou desistir da 13ª Vara Federal de Curitiba para onde pretendia voltar. Para permanecer na magistratura, Appio se inscreverá em edital em que pedirá voluntariamente a sua transferência.
Depois que ela ocorrer, o corregedor Luís Felipe Salomão encerrará o processo administrativo.
No comando da 13ª Vara, Appio iniciou uma série de apurações internas sobre atos do juiz Sergio Moro na época da Operação Lava Jato.
Entre outras coisas, ele tentava averiguar o destino de R$ 2 bilhões arrecadados de réus que decidiram colaborar com a Justiça, o paradeiro de obras de arte apreendidas, entre outras coisas.
Folha de SP