O plenário do Senado rejeitou nesta quarta-feira (25) a indicação de Igor Roberto Albuquerque Roque (foto) para exercer o cargo de Defensor Público-Geral Federal da Defensoria Pública da União (DPU). A indicação, feita pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu 38 votos pela rejeição e 35 votos pela aprovação.
O nome de Igor Roque estava em segundo na lugar da lista tríplice apresentada ao governo e contou com o apoio do grupo Prerrogativas, formado por advogados ligados ao PT. Ele, no entanto, sofria rejeição por parte da oposição, pois era apontado como defensor de pautas como aborto e descriminalização das drogas.
Roque não chegou a ser questionado sobre aborto por nenhum senador durante as três horas de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Apesar disso, após a sabatina ele passou a ser associado por parlamentares bolsonaristas à organização de um seminário na DPU sobre acesso ao aborto legal, que aconteceria no fim de agosto.
Diante da reclamação de políticos, o órgão decidiu cancelar o seminário “para retomar a discussão em evento futuro, a ser organizado com a presença de especialistas com visões antagônicas sobre o tema, tornando o debate mais plural”. À época, Fernando Mauro Júnior, que está no comando DPU de maneira interina, classificou as críticas à indicação do presidente Lula para o comando da instituição como uma “campanha difamatória”.
Com a rejeição do nome pelo plenário do Senado hoje, a matéria vai ao arquivo.
O Antagonista