Dez então deputados do PT, incluindo dois atuais ministros do governo Lula – Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais -, assinaram em 2021 um manifesto de repúdio à designação de “organização terrorista” conferida ao Hamas pelo Reino Unido.
A informação foi dada pela TV Globo em resposta aos ataques virtuais contra a jornalista Mônica Waldvogel, que disse haver “relações de parte do Partido dos Trabalhadores, de encarar como resistência” o Hamas, o grupo cujo nome foi omitido pelo governo em posicionamento após o massacre de centenas de civis, no sábado, 7, em Israel. Um brasileiro foi encontrado morto.
“Nos bastidores, deputados do PT também se queixaram com jornalistas do canal de notícias da Globo em Brasília”, informou o F5, da Folha de S. Paulo – o jornal que, nesta segunda-feira, 9, finalmente passou a tratar o Hamas como organização terrorista.
Segundo a emissora de TV, “Mônica Waldvogel vai reiterar que se referiu, não ao PT como um todo, mas a um manifesto assinado, em 2021, por representantes do partido”. Os então “deputados do PT que assinaram o manifesto”, de acordo com a nota da Globo, são:
- Zeca Dirceu (PR),
- Paulo Pimenta (PT-RS),
- Alexandre Padilha (PT-SP),
- Érika Kokay (PT-DF),
- Professora Rosa Neide (PT-MT),
- Enio Verri (PT-PR),
- Helder Salomão (PT-ES)
- Nilto Tatto (PT-SP)
- Padre João (PT-MG)
- Paulão (PT-AL).
A emissora também reproduziu a íntegra do manifesto, publicado em 2021 por blogs de esquerda:
“Resistência não é terrorismo!
Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, a designação de ‘organização terrorista’, alegando falsamente que o Movimento palestino seria ‘fundamentalmente e radicalmente antissemita’.
Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.
O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.
A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.
Brasil, 23 de novembro de 2021.”
O Hamas deve ser tratado como um grupo terrorista e verdadeiramente antissemita, fazendo a devida distinção – ignorada pelos petistas – entre seus membros e os palestinos inocentes.
Ao contrário do governo Lula, do PT, da esquerda lulista e de seus porta-vozes no mercado da comunicação, este site vai continuar, em respeito às vítimas civis israelenses e brasileiras, sendo transparente no tratamento dado ao terrorismo, que nunca foi, não é e nunca será “resistência”.
O Antagonista