Ana Luiza Fraga, superintendente nacional de eventos na Caixa Econômica Federal, responsável pela área que aprovou a exposição de arte com imagem do presidente da Câmara, Arhur Lira (PP-AL), no lixo, foi indicada para promoção no banco estatal.
A exposição “O Grito!”, com a obra que retrata Lira, começou em 17 de outubro de 2023. No mesmo dia, Fraga foi indicada para promoção a diretora de Governança, Estratégia e Marketing depois de processo seletivo.
Reprodução de tela mostra o resultado de processo seletivo com a escolha de Ana Luiza Fraga para a o cargo de diretora
A superintendente de eventos, funcionária concursada da Caixa, disse por meio da assessoria de imprensa do banco que não sabia da escolha da obra da artista plástica Marília Scarabello retratando Lira. Também aparecem o ex-ministro da Economia Paulo Guedes e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). O anúncio das escolhas foi em 7 de agosto, 71 dias antes do início da exposição.
A indicação de Fraga como diretora precisaria ser aprovada pelo Conselho de Administração. Não há data para isso. Isso deverá ser suspenso depois da substituição de Rita Serrano por Carlos Fernandes anunciada na 4ª feira (25.out.2023).
ANÁLISE
A inclusão de conteúdo ofensivo ao presidente da Câmara é um erro grave para o governo, que se constrange em uma frente na qual já tem muitas dificuldades: a negociação de projetos com o Legislativo. Pessoas que trabalharam com exposições desse porte na Caixa dizem que o conteúdo sempre passou pelo superintendente nacional da área. Se não passou desta vez, houve falha de governança.
Rita Serrano era conselheira da Caixa como representante de funcionários antes de ser presidente. Tinha escassa experiência em gestão. Foi, de 2001 a 2004, vice-prefeita de Rio Grande da Serra, cidade com 52.000 habitantes na região metropolitana de São Paulo.
Poder 360