Quatro policiais civis e um advogado foram presos na manhã desta quinta-feira (19/10) por envolvimento com o Comando Vermelho, a principal facção criminosa do Rio de Janeiro. Os servidores, que eram lotados na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), são suspeitos de negociar e entregar um carregamento de 16 toneladas de maconha para a facção.
As investigações apontam que os policiais recebiam propina do CV para facilitar o tráfico de drogas. Em uma das ocasiões, eles apreenderam um arsenal de 31 fuzis e revenderam pelo menos 29 armas para grupos rivais da facção.
Além do tráfico de drogas e da venda de armas, os policiais também são investigados por corrupção passiva. A suspeita é de que eles exigiam propina de traficantes em troca de favores, como a liberação de presos ou a não apreensão de drogas.
A Operação Drake, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), resultou na prisão de quatro policiais civis e um advogado. Os agentes são:
- Alexandre Barbosa da Costa Amazonas, ex-agente da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC);
- Eduardo Macedo de Carvalho, também ex-agente da DRFC;
- Juan Felipe Alves da Silva, ex-chefe de investigações da DRFC;
- Renan Macedo Guimarães, ex-agente da DRFC.
Além dos policiais, o advogado Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão também foi preso.
As prisões dos policiais civis representam um duro golpe para a segurança pública do Rio de Janeiro. Os servidores, que deveriam proteger a população, estavam a serviço do crime organizado.
As investigações da PF e do MPRJ ainda estão em andamento, e é possível que outras pessoas sejam indiciadas pelo caso.