O governador Cláudio Castro (PL) disse na segunda-feira 23 que as 12 pessoas presas por atear fogo em mais de 20 ônibus e em um trem, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, irão responder por ações terroristas. Eles serão encaminhados a presídios federais, por terem realizado esses ataques promovidos por milicianos.
Castro também ressaltou que trabalha para prender os chefes da milícia, que causaram a onda de vandalismo, conforme matéria do jornal O Globo.
Ele se referiu ao miliciano Luís Antônio da Silva Barga, o Zinho, ao paramilitar Danilo Dias Lima, o Tandera, que disputa territórios com Zinho, e ao traficante Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, o Abelha, membro da cúpula da maior facção criminosa do Rio.
Segundo a polícia, o trio é responsável por guerras por disputa de territórios em várias partes do Rio, incluindo Zona Oeste e Baixada Fluminense.
“É importante dizer que prendemos 12 criminosos ateando fogo em ônibus, presos por ações terroristas”, disse Castro. “Eles estarão sendo encaminhados imediatamente para presídios federais, porque lá é local de terrorista.”
O governador acrescentou que “as nossas forças de segurança estão unidas, estão ativas e a população pode dar um voto de confiança”.
Morto pela polícia seria o substituto futuro do atual chefe da milícia
O governador afirmou que o dia será mais tranquilo nesta terça-feira, 24, depois dos tumultos causados pela morte do miliciano Mateus da Silva Resende, o Faustão ou Teteus. Ele era sobrinho de Zinho, cotado para substituí-lo, e foi morto pela Polícia Civil.
Faustão seria o encarregado de chefiar rondas feitas pela milícia do tio na região.
“Há quem diga, inclusive, que ele era preparado para ser, em seguida, o sucessor do miliciano Zinho”, afirmou Castro.
O governador tem insistido em pedir a transferência de presos de alta periculosidade para unidades federais. Ele já havia feito, em junho último, solicitação ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, para transferir 31 detentos por pelo menos três anos.
Segundo o jornal, no entanto, pelo menos sete deles foram beneficiados por medidas judiciais. Eles conseguiram o direito de permanecer cumprindo pena no Estado do Rio de Janeiro.