O papa Francisco defendeu a necessidade de garantir a existência de corredores humanitários na Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas. A defesa ocorreu durante a celebração do Angelus, neste domingo (15/10).
O conflito, que está no nono dia, já deixou mais de 3,7 mil mortos, de ambos os lados. A escalada ocorreu após um ataque-surpresa do Hamas no território israelense. Desde então, Israel tem promovido bombardeios contra a Faixa de Gaza.
“Em Gaza há uma necessidade urgente de garantir corredores humanitários e resgatar a população inteira”, afirmou o papa.
A autoridade máxima da Igreja Católica ainda clamou que não se derrame mais sangue inocente. Segundo ele, as guerras são “sempre uma derrota”.
“Eu renovo meu pedido pela libertação dos reféns e eu fortemente peço que crianças, idosos, mulheres e todos os civis não sejam vítimas do conflito”, disse o pontífice.
Crise humanitária
A guerra entre Israel e Hamas completa nove dias neste domingo (15/10). O conflito colocou a população civil da Faixa de Gaza em uma crise humanitária.
Na última sexta-feira (13/10), as Forças de Defesa de Israel determinaram que todos os civis da área deixem o norte da Faixa de Gaza. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou, porém, ser impossível esse deslocamento sem “consequências humanitárias devastadoras”.
Ainda assim, o governo de Israel não recuou da determinação, o que levou centenas de milhares de famílias a deixarem tudo para trás. E, em meio a essa mobilização, os bombardeios não cessaram.
Os bombardeios contra a Faixa de Gaza se somam à falta de suprimentos de primeira necessidade, a partir da iniciativa de Israel de ordenar um cerco total à região. Gaza tem carecido, por exemplo, de alimentos, combustíveis e remédios.
Créditos: Metrópoles.