Ministro autorizou a operação da Polícia Federal, desta sexta-feira (20), que mirou servidores da Abin
A lista de pessoas que teriam sido monitoradas ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL) está com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O ministro autorizou a operação da Polícia Federal, desta sexta-feira, que mirou servidores da Abin.
Integrantes do tribunal afirmam que a investigação estaria dentro do inquérito das fake news, que segue sob sigilo.
Vídeo — PF: Abin espionou integrantes do STF; dois servidores foram presos
Ao todo, foram 33 mil acessos ao sistema, desses 1.800 foram rastreados pela PF. Parte deles eram integrantes do STF, jornalistas, políticos, advogados e adversários do governo Bolsonaro. Os nomes ainda não foram divulgados.
De acordo com fontes da investigação, o sistema de espionagem fora utilizado entre janeiro de 2019 e maio de 2021.
A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (20), 25 mandados de busca e apreensão, em Brasília, Alexânia (GO), São Paulo, São José dos Campos (SP), Curitiba, Maringá (PR), Florianópolis, São José (SC) e Palhoça (SC). Dois servidores foram presos.
Em manifestação sobre a investigação, o ministro da Justiça, Flávio Dino, destacou que esse tipo de grampo é ilegal.
“Interceptações telefônicas tem regras rigorosas: só podem ocorrer com autorização judicial e para investigação de crimes. Jamais para espionagem de políticos, magistrados ou jornalistas, como há indícios quanto ao passado. Operação importante foi realizada hoje pela Polícia Federal, para investigar esses fatos pretéritos”.