O Banco Central (BC) informou nesta quarta-feira (4/10) que o Pix Automático terá o lançamento adiado para outubro de 2024. O cronograma inicial estipulava que o serviço já estivesse disponível em abril do ano que vem.
A funcionalidade poderá ser usada para pagamentos de contas, cadastradas previamente pelo usuário, ou assinaturas, como em serviços de streaming e outros produtos. Na prática, a nova função do Pix tende a ser uma opção ao atual serviço de débito automático.
Com o Pix Automático, os pagamentos serão debitados automaticamente, sem a necessidade de novas autenticações a cada operação.
De acordo com a autoridade monetária, o adiamento de abril para outubro de 2024 se deve à “complexidade do produto”, além “do tempo necessário para o desenvolvimento dos múltiplos atores, do andamento da definição das estratégias comerciais pelas instituições participantes do Pix e de questões organizacionais do BC”.
O que muda com o Pix Automático?
Embora o Pix já possa ser agendado, hoje só é possível utilizá-lo para transferências ou pagamento de boletos. A diferença é que o Pix Automático poderá ser cadastrado junto às empresas na hora da compra de assinaturas, de modo que o valor será debitado da conta de forma recorrente.
Isso abre a possibilidade para pagamento automático de contas de água e luz, por exemplo.
Além disso, o débito automático hoje oferecido por algumas empresas depende de um acordo entre a prestadora de serviço e os bancos específicos. Usuários que não têm conta em determinados bancos ficam de fora. Com o Pix Automático, a expectativa do BC é que o leque de opções ao usuário aumente.
Ampliação do Pix
No início de setembro, o BC anunciou que o Pix poderá ser ampliado para uso em pedágios, estacionamentos ou no transporte público.
No relatório, a autoridade monetária também afirma que o Pix deverá ser usado em operações internacionais, possibilitando pagamentos entre empresas e de compras de bens e serviços no exterior.
De acordo com o BC, até agosto de 2023, o Pix possuía 650,7 milhões de chaves cadastradas e contava com 153,3 milhões de usuários.
Metrópoles