O exército de Israel informou a Organização das Nações Unidas (ONU), na noite de quinta-feira, 12, que ordenou aos moradores ao norte da Faixa de Gaza que deixem suas casas em migrem em direção ao sul da região em até 24 horas. A medida afeta cerca de 1,1 milhão de pessoas que moram na área, também chamada de Cidade de Gaza.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), a “evacuação é para a própria segurança” dos habitantes de Gaza, pois se trata de “uma área onde ocorrem operações militares”. A ordem, temem os palestinos, sugere uma provável invasão por terra da região.
A ONU se pronunciou sobre o aviso de Israel por meio do porta-voz Stephane Dujarric. Segundo ele, é “impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras”. Dujarric também pediu que qualquer ordem de ataque de Israel seja rescindida, a fim de evitar “o que poderia transformar o que já é uma tragédia numa situação calamitosa”.
O embaixador de Israel na ONU, Gilan Erdan, no entanto, rebateu o porta-voz. “A resposta da ONU ao alerta precoce de Israel aos residentes de Gaza é uma vergonha! Durante muitos anos, a ONU fez vista grossa ao armamento do Hamas e à sua utilização de populações civis e infra-estruturas na Faixa de Gaza para assassinar e para armazenar as suas armas. Agora, em vez de apoiar Israel, cujos cidadãos foram massacrados pelos terroristas do Hamas e que ainda tenta minimizar os danos aos não-combatentes, prega especificamente a Israel”, afirmou Erdan.
O conflito entre Israel e o Hamas entrou no sétimo dia nesta sexta-feira, 13, e já deixou mais de 2.800 mortos até o momento, sendo 1.500 palestinos e 1.300 israelenses.
VEJA