Um tribunal iraniano condenou as jornalistas Niloofar Hamedi e Elahe Mohammadi à prisão por noticiar a morte de Mahsa Amini, jovem curda que foi detida por usar “trajes impróprios”.
Mohammadi foi condenada a seis anos de prisão por “colaboração” com os Estados Unidos, além de cinco anos de prisão por “conspiração” contra a segurança do Irã e um ano por propaganda contra a República Islâmica.
Já a fotojornalista Niloofar Hamedi foi condenada a sete anos de prisão por “colaboração” com os EUA, cinco anos por “conspiração” contra a segurança do país.
O Parlamento iraniano aprovou em setembro um projeto de lei que visa a endurecer as penalidades para mulheres e meninas que não usam o hijab, véu obrigatório em locais públicos. O projeto, intitulado “Apoio à Cultura da Castidade e do Hijab”, foi aprovado por 152 votos contra 34.
Em abril, o regime iraniano anunciou a instalação de câmeras e outros “meios inteligentes” para evitar “conflitos” em razão da aplicação da lei que obriga o uso do hijab. A decisão decorreu de um movimento iniciado após a morte de Mahsa Amini, que morreu em um hospital três dias depois da detenção.
Créditos: O Antagonista.