O Hamas divulgou nesta segunda-feira (16) o primeiro vídeo mostrando um refém israelense sendo detido pelo grupo terrorista na Faixa de Gaza. No vídeo, uma jovem, Mia Schem, de 21 anos, é vista sendo atendida após ser ferida no braço e posteriormente falando para a câmera.
Schem foi sequestrada por terroristas do Hamas enquanto participava de uma rave no deserto no Kibutz Re’im, no sul de Israel, em 7 de outubro. No mesmo dia, o grupo terrorista lançou um ataque massivo contra o país, matando mais de 1.300 pessoas, a maioria civis e soldados.
No vídeo, Schem diz que foi operada por três horas e que “está sendo bem tratada”. Ela pede para ser libertada o mais rápido possível para voltar para casa com sua família.
O exército israelense afirmou que o Hamas está tentando se apresentar como uma organização humanitária, mas que na verdade é um grupo terrorista responsável por assassinatos e sequestros. As FDI disseram que continuam a trabalhar para libertar todos os reféns.
O porta-voz militar do Hamas, Abu Obeida, disse que não há uma contagem definitiva do número de prisioneiros em Gaza, mas que há entre 200 e 250. Ele disse que cerca de 50 outras pessoas foram detidas por outras facções palestinas.
Abu Obeida disse que os reféns estrangeiros são nossos convidados e que serão protegidos e libertados assim que as condições permitirem. Ele também disse que a ameaça de uma operação terrestre israelense em Gaza não ameaça o grupo terrorista.
Khaled Mashaal, uma figura proeminente do Hamas e ex-líder político do grupo, disse numa entrevista separada que há 6.000 palestinos detidos nas prisões israelenses. Ele afirmou que o Hamas mantém reféns suficientes, incluindo altos funcionários da Divisão de Gaza das FDI, para libertá-los todos.
Mashaal disse que os habitantes de Gaza não deixarão a Faixa, apesar da guerra, e que o seu deslocamento prejudicaria a segurança nacional egípcia e representaria um perigo para a Jordânia. Ele elogiou o grupo terrorista Hezbollah do Líbano por ter tomado medidas contra Israel, mas observou que o Hamas precisa de mais apoio.