As 21 metralhadoras supostamente furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, têm capacidade para derrubar aviões, disparar 600 tiros por minuto, perfurar blindados e atingir alvos a até 6 km de distância.
A contagem de armas no quartel notou a ausência de 13 metralhadoras norte-americanas calibre 50, com capacidade para derrubar aeronaves e disparar entre 450 e 550 tiros por minuto.
As outras 8 eram belgas calibre 7,62, com capacidade entre 670 e 700 tiros por minuto. O armamento é avaliado em R$ 800 mil. Segundo o Exército, as armas estavam inservíveis: não funcionavam de modo adequado ou tinham sido recolhidas para manutenção.
As investigações sobre o suposto furto de metralhadoras do Exército
A discrepância no número de armas no Arsenal de Guerra de São Paulo foi identificada em 10 de outubro. O Exército investiga se foi vítima de um furto, um desvio ou se ocorreu um erro na contagem anterior das armas.
Por causa das investigações, 480 militares de todas as patentes estão impedidos de deixar o quartel há mais de uma semana. Alguns já deram depoimentos sobre o caso.
Este foi o maior desvio de armas de uma base do Exército brasileiro desde 2009, segundo o Instituto Sou da Paz. Naquela ocasião, sete fuzis foram roubados de um batalhão em Caçapava, São Paulo. A polícia conseguiu recuperar todas as armas e prendeu suspeitos do crime, incluindo um militar.
O Exército também investiga se, em caso de furto, houve uma falha de segurança que permitiu o roubo das metralhadoras ou se algum militar cooperou com o crime. Militares estão dando como certo que as armas que sumiram do Arsenal de Guerra de São Paulo foram parar nas mãos de narcotraficantes.