Arkansas – Em uma medida que tem gerado controvérsia e polarização política, a governadora Sarah Huckabee Sanders, de Arkansas, assinou uma ordem executiva proibindo o uso de certos termos considerados “linguagem sensível” no governo estadual. A ação da governadora está gerando um debate acalorado no cenário político, aproximando-se do confronto com o movimento progressista “woke” americano.
Governadora do Arkansas proíbe linguagem neutra em hospitais, como por exemplo “pessoa grávida”, e dispara: “quem engravida é mulher” pic.twitter.com/c86u9ot9f5
— Junior Melo TERRA🇧🇷🇮🇱 (@juniormelorn_) October 24, 2023
A ordem executiva, assinada por Huckabee Sanders, restringe expressões como “pessoas grávidas”, “pessoa em trabalho de parto” e “doadora de nascimento” dentro da administração estadual. A governadora defende que esses termos são exemplos de uma linguagem excessivamente “sensível” e busca promover uma abordagem mais tradicional em relação às questões de gênero.
Críticos da governadora argumentam que a sua ordem executiva reflete uma postura conservadora e tradicionalista, contrapondo-se ao avanço progressista em relação à compreensão e aceitação das diferenças de gênero. Segundo eles, a proibição desses termos pode negar a existência e a experiência de pessoas que não se encaixam nos papéis tradicionais de gênero.
Em resposta às críticas, Huckabee Sanders afirmou que a ordem executiva é uma medida para preservar a clareza da linguagem e evitar cair em “exageros politicamente corretos”. Ela declarou: “Estamos promovendo uma abordagem que considera importante manter termos reconhecidos historicamente e garantir que nossas leis e políticas sejam comunicadas de maneira acessível a todos os cidadãos”.
A medida tomada pela governadora destaca a tensão existente entre diferentes correntes políticas e sociais nos Estados Unidos. O confronto entre movimentos progressistas como o “woke” e aqueles que buscam uma abordagem conservadora e tradicionalista certamente continuará a alimentar o debate intenso em relação às questões de gênero e diversidade.
Embora a controvérsia gerada pela governadora seja particularmente visível em Arkansas, seus desdobramentos e implicações têm o potencial de ecoar em todo o país, afetando discussões mais amplas sobre identidade de gênero, linguagem inclusiva e luta pelos direitos das minorias. O caso ilustra a complexidade das dinâmicas políticas e sociais relacionadas ao progressismo e ao conservadorismo nos Estados Unidos.