O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) alfinetou, na tarde desta segunda-feira (2/10), a greve convocada por funcionários do Metrô e da CPTM para essa terça-feira (3/10), na Grande São Paulo, em protesto contra o plano de privatizações do governo estadual.
“As linhas que funcionarão amanhã são as privadas. Acho que a gente está indo pelo caminho certo”, declarou o governador em evento no Palácio dos Bandeirantes.
A previsão é que tanto as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, que são do Metrô, quanto as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, que são da CPTM, tenham suas operações paralisadas.
Juntos, Metrô e CPTM transportam diariamente cerca de 4,2 milhões de passageiros na Grande São Paulo. O levantamento leva em consideração apenas as linhas administradas pelas duas estatais e que devem ter as operações afetadas pela greve.
“Amanhã, o que vai estar disponível para o cidadão? A linha 4, que está com a iniciativa privada. A linha 5, a linha 8 e a linha 9, que estão com a iniciativa privada. E o protesto é contra a privatização! Pelo amor de Deus”, afirmou Tarcísio.
O governador também disse que todos os processos de desestatização “passam pela consulta popular no momento certo” e que há um momento adequado para que questionamentos sejam feitos.
“Ninguém é obrigado a concordar, mas ninguém pode privar o cidadão do transporte por causa disso, por causa dessa discordância. A gente não pode fazer a militância privar o cidadão de um direito”, disse.
A greve tem previsão de 24 horas de duração e contará com a adesão de funcionários da Sabesp, a companhia estadual de abastecimento de água e coleta de esgoto, considerada a “joia da coroa” no projeto de privatizações de Tarcísio.