Lula antecipou o desembarque da meta de déficit zero em 2024, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dizia depender “apenas” da aprovação de algumas matérias no Congresso Nacional, e fez os juros futuros dispararem.
A fala confirma a desconfiança crescente de parte do mercado de que o governo pode não adotar uma postura responsável com a saúde fiscal do país, sendo permissivo com o aumento do endividamento. O efeito do posicionamento do presidente no mercado financeiro foi imediato.
Os juros futuros dispararam a partir das primeiras divulgações da fala, e as taxas dos contratos de DI subiram em todos os prazos. Em alguns casos, o aumento ultrapassa os 20 pontos-base. O reajuste é o preço daquilo que é visto como falta de compromisso do petista com as contas públicas e afetouo, até mesmo, o panorama para os próximos cortes previstos para a taxa Selic.
Até a notícia, as negociações apontavam para um piso para o corte da taxa básica de juros no Brasil por volta de 10% ao ano, após as 14h, as taxas reduziram o espaço, e os investidores passaram a precificar uma Selic mínima de 10,5% ao ano.
O dólar, que vinha sendo negociado próximo em queda, cotado a R$ 4,95, inverteu a trajetóra e passou a subir 0,50%, negociado a R$ 5,02.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, também foi afetado pelas declarações e passou a operar em queda. às 15h50, o indicador estava em -1,43%, com apenas 6 das 86 ações que o compõem em alta.
O Antagonista