Dez membros da equipe feminina de natação do Colégio Roanoke, da Virgínia, nos Estados Unidos (EUA), se uniram contra a inclusão de um homem biológico ao time.
O movimento começou a tomar forma na quinta-feira 5, com o apoio de Riley Gaines e Paula Scanlan, ex-companheiras de equipe de Lia Thomas, atleta trans que gerou muita polêmica na modalidade em março deste ano.
De acordo com o canal norte-americano Fox News, os membros “se tornaram o primeiro grupo de colegas de equipe universitária a se manifestar como uma unidade”.
Segundo o grupo, as mulheres ficaram “desmoralizadas” e magoadas pela escola da Divisão III, depois que voltaram ao campus neste outono e souberam que o homem não foi nomeado por vontade do equipe.
Comentários da equipe feminina de natação
“Meus sentimentos, os sentimentos e o conforto do nosso time foram flagrantemente ignorados e apenas um atleta foi priorizado”, disse Kate Pearson, de 19 anos, uma das três capitãs do time.
Bailey Gallagher, 20, capitã sênior, comentou algo semelhante ao que ocorreu na escola privada de artes liberais para quase 2 mil alunos em Salem, Virgínia.
“Eu me senti desconhecida e invisível”, disse Bailey. “Nosso conforto foi subvalorizado e descartado. Inúmeras vezes pedimos apoio à escola.”
“Todas as vezes nos disseram para lidar com isso nós mesmos ou não nos disseram nada”, continuou a nadadora.
Bailey também revelou que a escola se recusou a fornecer informações aos pais da equipe e que elas foram informadas de que, “mesmo que toda a equipe de natação decidisse ficar unida e não nadar, em nome da ‘injustiça’ que estava acontecendo, o treinador teria uma equipe de natação composta por um único atleta”.
Tanto a Fox News quanto o site esportivo OutKick solicitaram comentários dos departamentos de comunicações e relações públicas da escola. Até o momento, o canal norte-americano informa que as mensagens ao diretor atlético do Colégio Roanoke, Curtis Campbell, e ao técnico de natação feminina, Brandon Ress, ficaram sem resposta.