Parte do armamento furtado de um quartel do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, foi encontrado nesta 5ª feira (19.out) pela polícia, no Rio de Janeiro.
As oito metralhadoras encontradas no fim da tarde desta 5ª inicialmente foram parar no Complexo da Penha, depois foram para a Rocinha, e em seguida na Gardênia Azul, zona oeste do Rio, onde foram localizadas pela Polícia Civil.
São quatro metralhadoras calibre .50 e outras quatro de calibre 7,62mm, que estavam dentro de um carro roubado. O armamento encontrado hoje é apenas uma parte das 21 metralhadoras que sumiram do Arsenal de Guerra do Exército.
Segundo a Polícia Civil, as armas haviam sido encomendadas pela cúpula da principal facção criminosa do Rio. Os investigadores acreditam que as metralhadoras seriam usadas nas guerras entre facções criminosas e em confrontos com agentes de segurança.
O preço dessas armas no mercado clandestino varia entre R$ 180 mil e R$ 200 mil cada uma. As metralhadoras recuperadas vão passar por perícia.
Comandante exonerado
O comandante do Arsenal de Guerra de São Paulo será exonerado do cargo por causa do sumiço das metralhadoras. Segundo o Comando Militar do Sudeste, há militares envolvidos no desvio, mas a quantidade e os nomes ainda são mantidos em sigilo.
O Exército informou ainda que dezenas de militares responsáveis pela segurança e controle do armamento receberam um formulário para apresentarem defesa por infrações disciplinares. Até agora nenhum militar foi preso ou acusado formalmente pelo furto do armamento.
“O foco de todos está na recuperação do armamento, identificar os responsáveis e aqueles que por ação ou inação os responsáveis pelo controle se eles cometeram algum desvio vai responder na esfera administrativa ou disciplinar”, afirma Mauricio Vieira Gama, general de brigada e chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste.
SBT News