Israel reuniu mais de 100 mil soldados na fronteira com a Faixa de Gaza, de onde têm partido os ataques terroristas do grupo Hamas, desde sábado 7. A guerra entre Israel e Hamas chegou ao seu terceiro dia, com 1,2 mil mortos até o momento. O ministro de Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que há um “cerco completo” na região.
“Não há eletricidade, não há comida, não há água, não há combustível”, afirmou Gallant.
De acordo com a emissora CNN, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), o almirante Daniel Hagari, declarou que as tropas israelenses retomaram o controle de todas as comunidades ao redor da Faixa de Gaza. Ele disse não haver mais combates entre as FDI e o Hamas.
O Ministério da Saúde palestino disse que no domingo 8 o número de mortos em Gaza chegou a 430. As FDI afirmaram que o número de mortos em Israel é de 700 mortos.
Ataques aéreos israelenses atingiram um campo de refugiados palestinos nesta segunda-feira, 9.
“Eles nos atingiram sem qualquer aviso”, disse à agência de notícias Reuters um homem não identificado no campo de refugiados de Shati. “Era um (avião) F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo.”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia alertado os moradores de Gaza a deixarem suas casas o quanto antes para não serem atingidos pela retaliação israelense.
Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas em Gaza ao mesmo tempo em que as FDI continuam a atacar as posições do Hamas na faixa, conforme informou a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA, na sigla em inglês) no domingo 8.
A UNRWA, afirmou que recebeu quase 74 mil pessoas em 64 abrigos.
Israel busca anular a capacidade militar do Hamas
Uma reunião de militares da reserva próximo à Faixa de Gaza foi confirmada pelo porta-voz Jonathan Conricus. “O nosso trabalho é garantir que, no final desta guerra, o Hamas não terá mais qualquer capacidade militar para ameaçar os civis israelitas”, afirmou ele à emissora Al Jazeera.
Dos 100 mil soldados israelensesposicionados na fronteira com a Faixa de Gaza, as tropas estão divididas em sete ou oito pontos, de acordo com o porta-voz Hagari.
Quatro divisões estão instaladas no sul do país as quais, segundo o governo, atacou 500 alvos do grupo terrorista Hamas e da Jihad Islâmica.
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que 80% da população da Faixa de Gaza depende da ajuda internacional. Situada entre Israel e Egito, a região é um dos pontos de maior conflito no mundo.