Um jovem, com idade entre 22 e 26 anos, morreu após ser baleado na noite deste sábado. O crime ocorreu durante uma confusão depois da partida entre Vasco e São Paulo, em São Januário, na Barreira do Vasco, na Zona Norte do Rio. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 21h10, e a vítima foi socorrida para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro, mas deu entrada na unidade morto. Outro homem também teria sido espancado na mesma situação e foi atendido em uma unidade de saúde. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde.
Nas redes sociais, relatos apontam que o disparo foi feito por traficantes que estavam na região. A polícia não confirma a versão. Vídeos mostram uma briga entre torcedores pouco antes do jovem ser ferido na região do abdômen. A vítima foi identificada como Maxwel Lopes. O homicídio é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Briga após jogo do Vasco termina com jovem morto após ser baleado; VEJA VÍDEO pic.twitter.com/tnNUYADI8M
— Junior Melo TERRA🇧🇷🇮🇱 (@juniormelorn_) October 8, 2023
Em nota, a Polícia Militar afirma que agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Barreira patrulhavam pela Rua Ricardo Machado quando ouviram tiros. A equipe foi ao local, que fica entre a Rua Prefeito Olímpio de Melo com Ricardo Machado, e encontrou a vítima ferida. O caso do homem que foi espancado é investigado pela 17ª DP (São Cristóvão).
No ano passado, Ruan do Nascimento, de 27 anos, conhecido por Monstrinho, foi morto na mesma região. Ele era conhecido na comunidade da Barreira do Vasco e mascote da Força Jovem. Os moradores acusaram a polícia de ter entrado à paisana na comunidade e ter matado o jovem com deficiência intelectual que estava indo cortar o cabelo quando foi atingido.
Quando procurada, a Polícia Militar relatou que policiais militares do 4ºBPM (São Cristóvão) foram verificar local de comercialização ilegal de cobre na localidade do Café, próximo da comunidade Barreira do Vasco, em São Cristóvão, e houve confronto durante a checagem. Segundo moradores, policiais entraram na comunidade à paisana, num carro descaracterizado da cor vermelha, e fizeram os disparos. Nesse momento, houve correria e o jovem, que tinha deficiência intelectual, foi ferido.
Polêmica envolvendo São Januário
O estádio de São Januário foi interditado de 23 de junho a pedido da Promotoria do Consumidor. A decisão aconteceu após um episódio de confusão e confronto entre torcedores e polícia na derrota do Vasco por 1 a 0 para o Goiás.
“Para contextualizar a total falta de condições de operação do local, partindo da área externa à interna, vê-se que todo o complexo é cercado pela comunidade da barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio […] São ruas estreitas, sem área de escape, que sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando antes de entrar no estádio”, diz relatório do juiz Marcello Rubioli, que estava de plantão no Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos durante a partida contra o Goiás.
À TV Globo, Rubioli afirmou que o trecho foi tirado de contexto e que apenas relatou à partida, prezando pela segurança do torcedor, sem intenção de ofender a comunidade.
O clube recorreu e conseguiu uma liminar que permitiu, ao menos, que jogos com portões fechados pudessem ser realizados no local. O estádio ficou impedido de receber os torcedores até meados de setembro, quando o Vasco aceitou os termos exigidos pelo Ministério Público para a elaboração do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que o estádio de São Januário volte a receber público. A principal delas é a implementação do reconhecimento facial, que já começou a ser testado, mas só deve funcionar integralmente a partir de junho do ano que vem.
Fonte: Extra.