O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, afirmou que uma possível invasão da Faixa de Gaza por Israel seria um “grande erro”. O território, controlado pelo Hamas, está sob ataque israelita há 9 dias. Conflito já soma cerca de 4 mil mortos.
A manifestação de Biden foi feita em uma entrevista ao programa 60 minutes do canal de TV norte-americano CBS, que foi ao ar no domingo (15/10).
“Acho que seria um grande erro [a invasão da Faixa de Gaza por Israel]. Olhe, o que aconteceu em Gaza, na minha visão, é que Hamas e seus elementos extremos não representam em nada o povo palestino. E acho que que seria um grande erro Israel ocupar Gaza novamente”, admitiu Biden.
Biden ainda se manifestou sobre os reféns, e disse que os EUA fazem tudo que está em seu poderio para ajudar. “Digo que faço tudo em nosso poder para encontrar aqueles que ainda estão vivos e libertá-los. Tudo ao nosso alcance. Não irei entrar em detalhes, mas estamos trabalhando muito nisso”, garantiu.
Desde sábado (14/10), as Forças de Segurança de Israel estão de prontidão para invadir por terra a Faixa de Gaza. O conflito, que existe há décadas, escalou no último sábado (7/10), quando o grupo terrorista atacou o território israelense. Desde então, Israel passou a promover uma série de bombardeiros contra a região de Gaza.
Na última semana, Biden havia manifestado interesse em manter diálogo com Israel e condenou o ataque feito pelo Hamas em 7 de outubro — ação que deu início ao novo confronto armado.
A Casa Branca tenta planejar uma visita de Biden ao primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu. Porém, ainda não há confirmação de que o encontro de fato ocorrerá.
Ataques
Neste domingo, Israel relatou ter interceptado cinco foguetes vindos do Líbano e lançados pelo Hezbollah. O país informou, também, ter iniciado a resposta aos locais de ataques.
Na última sexta-feira (13/10), as Forças de Defesa de Israel determinaram que todos os civis da área deixem o norte da Faixa de Gaza. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou, porém, ser impossível esse deslocamento sem “consequências humanitárias devastadoras”.
O governo de Israel estendeu o prazo para desocupação, mas não recuou da medida, o que levou centenas de milhares de famílias a deixarem tudo para trás. E, em meio a essa mobilização, os bombardeios não cessaram.
O Ministério da Saúde palestino contabilizou 2.670 mortes no conflito. Já a Embaixada de Israel informou que 1,4 mil pessoas perderam a vida. Além disso, há mais de 13 mil feridos, sendo 3,5 mil em Israel e 9,6 mil em Gaza.
Metrópoles