Parlamentares da oposição lançaram, nesta terça-feira, 24, a Frente Parlamentar Invasão Zero. A cerimônia contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é padrinho da bancada.
Os deputados federais Luciano Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP) são o presidente e o vice-presidente, respectivamente, do colegiado. Ambos estiveram na linha de frente da CPI do MST, em que Zucco comandou e Salles foi o relator.
“O nosso governo levou a segurança ao campo, a tranquilidade, a paz e, até mesmo, o aumento da produtividade”, disse Bolsonaro. “Ao homem do campo, devemos grande parte da nossa economia e da segurança alimentar. Vim como colaborador, fico muito honrado com o convite na minha condição no momento de ex, mas que é natural na democracia. Esperamos que o Brasil, com o trabalho e unido com grande parte do Parlamento, volte para a normalidade.”
Inicialmente, estava prevista também a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que seria padrinho da bancada, mas ele não conseguiu comparecer.
O colegiado, que pretende defender o direito à propriedade, contou com o apoio de mais de 200 parlamentares para a sua criação. A ideia é combater o aumento das invasões de terras no Brasil, número que subiu logo no início deste ano.
“Essa é uma frente que não deveria existir, pois o direito à propriedade privada é sagrado”, disse Zucco durante o lançamento do colegiado. “Mas, infelizmente, movimentos criminosos, que usam a pauta e a narrativa da reforma agrária, estão colocando as mangas de fora e, pós CPI, já demonstram que possuem a intenção de invadir propriedades. Não permitiremos a insegurança jurídica e a insegurança no campo.”
Além do aval de Bolsonaro, a bancada possui ainda o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), uma vez que o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), vai compor a mesa diretora do colegiado.
“Realmente, no governo Bolsonaro, fizemos reforma agrária, titulamos mais de 400 mil famílias, demos dignidade às pessoas que estão no campo, tivemos assentamentos recebendo tratamento necessário para que pudessem integrar o sistema da agropecuária no Brasil”, disse Lupion na ocasião.