Aliados políticos de Lula, incluindo nomes do alto escalão do governo, estão inconformados com o resultado negativo que receberam do Senado.
Como mostrou o Conexão Política, por 38 votos a 35, o parlamento rejeitou o nome indicado pelo presidente da República para a Defensoria Pública da União.
Por causa disso, há uma movimentação nos bastidores lulopetistas para rifar ao menos seis senadores da base aliada que votaram contra o nome indicado para ocupar a DPU.
Em tom de denúncia, o grupo defende uma resposta política dura a esses parlamentares, com o intuito de evitar que uma demanda maior ocorra em situações futuras, como a indicação do próximo ministro ao Supremo Tribunal Federal. O escolhido substituirá Rosa Weber.
Apesar da iniciativa de dedurar os ‘traidores’, não se sabe quem foram eles, já que os nomes, considerando o voto secreto de cada um.
Ainda assim, o número é fácil de deduzir. Dos 81 integrantes do Senado, 49 têm se mantido fiéis a Lula na aprovação de projetos do governo, e os outros 32 compõem a oposição. Na quarta-feira (25), sete senadores, todos da base do Planalto, não votaram na sessão que decidia sobre Igor Roque: Giordano (MDB-SP), Irajá (PSD-TO), Jader Barbalho (MDB-PA), Mara Gabrilli (PSD-SP), Nelsinho Trad (PSD-MS), Professora Dorinha Seabra (União-GO) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
E é isso que está incomodando o núcleo duro de Lula, uma vez que, ciente disso, os 42 governistas bastariam para aprovar o nome para a DPU, que precisava de maioria simples (41 votos). No entanto, não foi assim que aconteceu. 6 deles se juntaram aos 32 oposicionistas.
Os chamados ‘traidores’ ainda não tinham sido identificados pelos governistas até o fechamento desta matéria.
Conexão Política