O índice de pobreza na Argentina aumentou no primeiro semestre de 2023, ultrapassando a marca dos 40% da população, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec), vinculado ao Ministério da Economia. O estudo avaliou a incidência da pobreza e da indigência em 31 áreas urbanas do país.
Dos 29,4 milhões de participantes da pesquisa, 11,8 milhões vivem em situação de pobreza, representando 40,1% da população. Em relação aos domicílios analisados, 29,6% das casas, ou 3 milhões delas, estão nessa condição. Além disso, 686 mil lares, correspondendo a 6,8% das famílias argentinas, estão em situação de indigência, o que significa que não conseguem cobrir o custo de uma cesta básica com seus rendimentos, afetando 2,7 milhões de pessoas.
Comparando com o segundo semestre de 2022, a taxa de pobreza permaneceu estável nas famílias e aumentou 0,9 ponto percentual entre os indivíduos. Quanto à indigência, houve um aumento de 0,6 ponto percentual nas famílias e de 1,2 ponto percentual nas pessoas.
A pesquisa também revela variações regionais, com aumento da pobreza em três regiões e redução em outras três, enquanto a indigência aumentou em todas as regiões. No que diz respeito às faixas etárias, mais de metade das crianças de 0 a 14 anos (56,2%) vivem em situação de pobreza. Entre os grupos de 15 a 29 anos e de 30 a 64 anos, as taxas de pobreza são de 46,8% e 35,4%, respectivamente. Na população com 65 anos ou mais, 13,2% estão abaixo da linha da pobreza.
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