Sem mencionar o nome de Gilmar Mendes, que sugeriu repensar a existência da Polícia Rodoviária Federal após a morte de Genivaldo e da menina Heloísa, de 3 anos, baleada na cabeça por um agente PRF, o comandante da corporação, Antônio Fernando Oliveira, aproveitou o evento de abertura da Semana Nacional de Trânsito para defender a PRF e responder ao ministro do STF. Disse Oliveira:
— A Polícia Rodoviária Federal tem sua razão de existir, em defender a vida, em preservar a vida nas rodovias. Ali, a gente nasceu e, para isso, a gente luta todos os dias, envergando todos os esforços para isso. E a Semana Nacional de Trânsito traz visibilidade a quem vive no trânsito lutando preservar a vida às vezes de quem não quer preservar a própria vida. Então, a gente faz todos os esforços, mas onipresença e onisciência são qualidades divina que nós humanos não temos.
No sábado, Gilmar Mendes usou as redes sociais para dizer que algo precisa ser feito em relação à PRF após as mortes de Genivaldo e Heloísa. Escreveu o ministro:
“Ontem, Genivaldo foi asfixiado numa viatura transformada em câmara de gás. Agora, a tragédia do dia recai na menina Heloísa Silva. Para além da responsabilização penal dos agentes envolvidos, há bem mais a ser feito. Um órgão policial que protagoniza episódios bárbaros como esses – e que, nas horas vagas, envolve-se com tentativas de golpes eleitorais -, merece ter a sua existência repensada. Para violações estruturais, medidas também estruturais”.
O Globo/Lauro Jardim