O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu divergência no julgamento dos primeiros quatro réus do 8 de janeiro, nesta quarta-feira, 13. O juiz do STF é revisor do caso. Em virtude de um compromisso dos ministros, às 18 horas, a sessão foi adiada para amanhã. Outros três réus serão julgados pelo STF.
Diferentemente do que determinou Moraes, Nunes Marques condenou o cientista da comunicação Aécio Pereira a dois anos e seis meses de detenção, em regime semi-aberto. Moraes estabeleceu 17 anos no fechado para o réu.
Além disso, Nunes Marques sentenciou Pereira por apenas dois dos cinco crimes dos quais o réu é acusado. Para o magistrado, não há elementos suficientes que configurem os crimes de associação criminosa, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Ao ler seu voto, Nunes Marques lembrou que a manifestação do 8 de janeiro reuniu também motoboys, donas de casa e entregadores de algodão-doce “que não teriam mínimas condições de dar um golpe”. O magistrado também mencionou que as Forças Armadas jamais sinalizaram adesão à ruptura institucional.