Os meios de comunicação estatais da Coreia do Norte informaram, nesta segunda-feira (11), que o líder Kim Jong-un visitará a Rússia “em breve” e realizará uma reunião com o presidente Vladimir Putin.
– Kim Jong-un irá se reunir e manterá conversações com o colega Putin durante a visita – informou brevemente a agência estatal norte-coreana KCNA, sem especificar mais detalhes sobre a reunião, que o jornal americano The New York Times adiantou na semana passada.
A cúpula visaria, entre outros objetivos, acordar um potencial fornecimento de munições norte-coreanas que Moscou poderia utilizar na Ucrânia.
O anúncio da KCNA surge pouco após a inteligência sul-coreana ter indicado que o trem blindado de Kim tinha saído de Pyongyang em direção à fronteira com a Rússia e o Kremlin ter confirmado que Kim chegará em breve ao país vizinho em uma visita oficial convidada por Putin.
Putin viajou esta manhã para Vladivostok, capital do Extremo Oriente russo e provável local para conversações com Kim.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descartou tais encontros durante o Fórum Econômico Oriental organizado pela cidade russa, portanto a reunião deverá ocorrer quando o evento terminar, nesta quarta-feira (13).
Por sua vez, a agência de notícias sul-coreana Yonhap informou que, poucas horas depois de ter sido anunciada a partida do trem de Kim a partir de Pyongyang, um grande dispositivo de segurança começou a ser implantado na estação ferroviária de Vladivostok.
Não se sabe a hora em que Kim poderá chegar a esta cidade, que fica a cerca de 700 quilômetros de Pyongyang.
A última vez que Kim esteve na cidade russa para encontro com Putin, em abril de 2019, também viajou no seu trem blindado especial, e o trajeto demorou cerca de 20 horas.
A confirmar-se oficialmente, esta seria a primeira viagem de Kim ao exterior desde então, uma vez que o surto da pandemia de Covid-19 levou o regime a fechar suas fronteiras no início de 2020 e somente este ano o país asiático voltou a permitir, sob protocolos rígidos, entrada de pessoas vindas de outros países.
Após o fracasso das negociações de desarmamento com os Estados Unidos em 2019, a Coreia do Norte demonstrou uma aproximação crescente com China e Rússia que parece se fortalecendo ainda mais nos últimos meses com a crescente polarização devido a guerra na Ucrânia.
*EFE