Gasolina acumula alta de 3,94% em 12 meses; até julho, queda era superior a 9%
Apesar disso, o IPGF está abaixo do índice oficial de inflação, o IPCA, que acumula alta nde 3,23% no ano e de 4,61% em 12 meses. No mesmo período do ano passado, a taxa que mede os gastos das famílias era mais alta do que o IPCA.
A aceleração do índice se deve, principalmente, ao grupo Transportes, que apresentava deflação de 4,17% em 12 meses até julho e agora acumula alta de 1,44% em agosto. Efeito, sobretudo, do reajuste nos preços dos combustíveis. A gasolina que caia 9,28% passou a subir 3,94%. Óleo diesel e etanol reduziram as quedas que vinham registrando.
Segundo o economista André Braz, o preço do barril de petróleo segue subindo. Por isso, se houver necessidade de novos reajustes de preço pela Petrobras, o IPGF, assim como o IPCA, podem ser puxados para cima.
— Me parece que existe essa possibilidade. Mas, com itens de cesta básica caindo, ainda podemos ficar na margem de tolerância — disse, acrescentando que, para cada aumento de 1% no valor cobrado pela gasolina nas bombas, o IPGF sobe 0,04%.
O economista responsável pela pesquisa, Matheus Peçanha, comenta que essa tendência do índice se deve ao fato de que a construção dos pesos, entre outros fatores, possibilita a percepção do chamado “efeito substituição”.