Um homem foi preso nesta segunda-feira (18) pela morte do amante, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, Cláudio Rodrigues de Oliveira Bastos mandou matar Yoran Tairik Guimarães Costa, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal às escondidas. Ambos eram casados.
De acordo com as investigações, Yoran ameaçava expor o caso dos dois, e Cláudio encomendou a execução. O assassino ainda não foi encontrado.
Cláudio trabalha no ramo de bufê de festas em Niterói e chegou a fazer várias transferências para Yoran.
“Essa situação foi armada pelo senhor Cláudio, que está preso. Foi uma situação armada. Na verdade, foi uma emboscada”, declarou a promotora Renata Neme.
Cláudio Rodrigues de Oliveira Bastos e Yoran Tairik Guimarães Costa — Foto: Reprodução/TV Globo
O crime foi no dia 11 de setembro, no bairro Rio do Ouro.
A polícia afirma que Yoran foi atraído por Cláudio para um ponto de ônibus com a falsa promessa de um emprego de caseiro. O homem contratado para matá-lo estava havia uma hora no local, observando o movimento.
Alguns minutos depois da chegada da vítima, o criminoso se aproximou e atirou na cabeça de Yoran.
“Foi um local detalhadamente planejado para a execução. A vítima se colocou cerca de 2 metros abaixo do nível da rua, bastante encoberto”, descreveu o delegado Leonardo Borges.
Depois de matar Yoran, o executor entrou num ônibus e fugiu.
Celulares roubados e mais ameaças
No dia do crime, o assassino ainda levou o celular de Yohan e bloqueou uma rede social dele. Segundo a polícia, foi uma tentativa de dificultar as investigações, já que no telefone estavam conversas que revelavam o relacionamento extraconjugal.
A polícia chegou ao mandante com a ajuda da esposa de Yoran, que mostrou prints de conversas entre os amantes.
“Foi pedida a prisão temporária para reunir outros elementos de prova e para preservar a esposa da vítima. Dois dias depois da morte, alguém foi até a casa deles, ameaçou a mulher e subtraiu o celular dela”, disse a promotora.
A área foi isolada pelos policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE). Esquadrão Antibombas diz que tratava-se de um artefato explosivo improvisado, semelhante a uma granada de mão.