O volume de apreensões de maconha e cocaína no Brasil teve uma queda brusca nos primeiros sete meses do governo Lula, em relação ao mesmo período do ano passado.
Em 2022, as apreensões de maconha chegaram a quase 960 toneladas entre janeiro e o dia 1° de agosto. Foram capturadas 680 toneladas pela Polícia Federal (PF) e 280 toneladas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Este ano, a PF apreendeu 410 toneladas de maconha. Já a PRF, 275 toneladas. São 685 toneladas apreendidas até o momento em 2023, uma redução de 28,6%.
Com relação às apreensões de cocaína, a PF alcançou 70,5 toneladas nos oito primeiros meses de 2022. Pela PRF, foram apreendidas 34,5 toneladas, totalizando 105 toneladas.
Já neste ano de 2023, a PF apreendeu 44,3 toneladas até o o dia 1° de agosto. E a PRF, 27,5 toneladas, totalizando 71,8 toneladas. A queda foi de 31,4% em comparação com o ano passado.
Estados como o Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Pernambuco e Bahia se destacam pelo volume de maconha aprendida nesses dois anos.
Já as apreensões mais frequentes de cocaína aconteceram em São Paulo, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Mudança de foco
Considerando as apreensões feitas apenas pela Polícia Federal, a redução no volume de maconha tirada de circulação foi de 39,6%. Com relação à cocaína, a queda foi de 37,1%.
Já as apreensões de maconha feitas pela Polícia Rodoviária Federal sofreram uma redução de 1,86% em relação aos primeiros sete meses de 2022. E o volume de cocaína foi 20% menor que no ano passado.
A PF atribui a queda a uma mudança de foco. A corporação informou à coluna que passou a mirar a estrutura financeira de organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas.
E que bens e valores apreendidos pela Polícia Federal com essas quadrilhas alcançaram, em 2023, uma bilionária cifra recorde.
Metrópoles/Paulo Cappelli