O cenário político brasileiro tem sido marcado por constantes movimentos e alianças, e recentemente, duas coalizões no Senado chamaram a atenção devido ao seu potencial impacto no governo Lula. Por um lado, o Bloco formado pelos partidos PL e PP, e por outro, a aliança entre o Bloco do Podemos e PSDB, juntamente com o partido Republicanos. Essas frentes de oposição uniram forças, criando um ambiente político mais polarizado e incerto, e prometem desafiar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), causando desgaste no atual governo.
Essas alianças se formaram em um momento de desgaste nas relações entre o governo Lula e esses partidos e blocos. Dificuldades de alinhamento com o articulador político do governo e divergências em relação a pautas importantes levaram a essas coalizões, que buscam consolidar maiorias no Senado.
O principal foco de confronto dessas novas frentes é em relação a decisões do STF que consideram pautas de competência exclusiva do legislativo. Isso inclui questões sensíveis como o aborto, a legalização das drogas e a demarcação de terras indígenas. Os partidos envolvidos alegam que o STF está interferindo indevidamente em assuntos que deveriam ser debatidos e decididos pelo Congresso Nacional.
O governo Lula enfrenta, assim, uma oposição unida e determinada no Senado, o que pode tornar mais difícil a aprovação de suas agendas e iniciativas. Além disso, essa aliança também poderia influenciar negativamente pautas sociais, como o programa “desenrola”, que ajuda pessoas a negociarem com bancos para saírem da negativação de seus nomes. A turbulência política e as dificuldades na aprovação de projetos importantes podem afetar o desempenho do governo e sua capacidade de atender às demandas da sociedade.
Esses blocos juntos tem maioria na casa Legislativa para obstruir a pauta e causar um estrago no governo Lula com aproximadamente 43 integrantes, ou seja, a maioria absoluta da casa.
Júnior Melo – Advogado e Jornalista.