Palanque do presidente terá 250 autoridades, mas futuros ministros do Centrão, que são deputados federais e ainda estão em negociações com o Planalto, não participarão de cerimônia
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou servidores públicos de todos os ministérios para que compareçam ao desfile de 7 de Setembro, nesta quinta-feira, na Esplanada. A ideia é garantir uma plateia simpática a Lula na arquibancada, barrar vaias e evitar protestos, oito meses após os ataques golpistas de 8 de janeiro. O palanque do presidente na cerimônia contará com 250 autoridades e a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência estabeleceu metas de presença de funcionários para cada ministério.
Na noite desta quarta-feira, 6, Lula fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, no qual destacou o caráter popular do Dia da Independência. O tom do discurso foi o de pacificação do País para mostrar que o verde e amarelo da bandeira do Brasil é símbolo de todos, e não de um governante.
No primeiro 7 de Setembro do terceiro mandato de Lula, tudo foi preparado para “desbolsonarizar” a data e resgatar o que o presidente chama de “auto-estima” dos brasileiros. Tanto é assim que o conceito do pronunciamento será o de Pátria sem dono, sob o slogan “Democracia, Soberania e União”.
O Palácio do Planalto recebeu informações de que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro se articulam para vaiar Lula logo que ele chegar à cerimônia na Esplanada. Diante desse aviso prévio, organizou uma claque de servidores para aplaudir o presidente. Foi aí que entraram as metas de presença para cada ministério.